segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Tempo da Delicadeza

Chegamos no tempo da delicadeza quando conseguimos rir do que passou.

Quando conseguimos rir e sentir um acréscimo de estima por nós mesmos pelas tolices vividas.
Quando deixamos de sentir vergonha de nossos vexames e passamos a encará-los como estilo pessoal.
E estilo é como inteligência: ou você tem ou não.
Bukowski dizia que 'estilo é a resposta de tudo, é um jeito especial de fazer uma tolice ou algo perigoso'.
Posso não ter sido muito inteligente em alguns passos que dei, confesso, mas, todos eles foram vividos com muito estilo [leia: um jeito muito particular de fazer as coisas].
Chegar no tempo da delicadeza não quer dizer, necessariamente, entender o que se passou. Aceitar a maneira como o roteiro se desenrolou ou padecer de ausência de vontades.
Quer dizer, simplesmente, que você consegue rir dos tropeços que deu no baile dos seus sonhos e que sente orgulho de ter se jogado na dança apesar de não saber dançar o ritmo das nuvens.
O tempo da delicadeza, o bom e velho Chico, esqueceu de dizer: é o tempo em que nos amamos, incondicionalmente, apesar e além de...

Mônica Montone

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